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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

 O Água-Arriba

   O rio Lima sempre foi, desde tempos imemoriais, via de comunicação das comunidades ribeirinhas e outras que dele se serviam. Aos rios acudiam as mulheres para lavar as roupas; aos rios acudiam aqueles que se dedicavam à pesca, das muitas espécies nativas do Lethes. A lampreia é, talvez, a mais célebre na atualidade. Muitas desapareceram deste rio, como de muitos outros, devido à poluição das águas. Os barcos, de fundo raso, como o Água-Arriba, davam vida ao rio, navegando entre os bancos de areia, sobretudo para as feiras de Viana do Castelo e a feira de Ponte. A introdução do automóvel e o incremento das carreiras ditaram o fim deste tipo de transporte, porventura milenar. Atualmente, encontra-se atracado na margem Sul do Lima, junto ao areal e da velha Ponte Medieval, uma réplica desse histórico barco que, entre outras coisas, transportava sal, lenha, madeiras, utensílios adquiridos nas feiras, pessoas e até animais. As barquinhas, também de fundo raso, mas bem mais pequenas, faziam a travessia de pessoas entre margens. Essas embarcações são também parte do nosso património industrial - o trabalhar das madeiras, e toda a ciência e técnica que a construção desses barcos impunha - merecem espaço nos nossos lugares de memória.






(Autor: Rui Maia 13-09-2021)


   no areal um conjunto de pedras, alinhadas, e uma delas possui uma argola de ferro bastante grossa, cravada no granito. Depreendo que a mesma tenha servido para prender as embarcações, ou, porventura, em dias de feira, para prender os animais.

(Autor: Rui Maia 13-09-2021)


   A velha ponte, se falasse, muitas estórias teria para contar, sobretudo sobre os "barqueiros do Lima" que debaixo dela passaram infinitas vezes, com as suas famílias, não fosse o Água-Arriba a sua casa flutuante...nesse rio mágico!


(Autor: Rui Maia 13-09-2021)


(Autor: Rui Maia 13-09-2021)




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 Valença - Ponte Internacional sobre o rio Minho (Revista Branco & Negro , janeiro de 1898)