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quarta-feira, 7 de abril de 2021

 Ponte Ferroviária do rio Gadanha 

(Troporiz - Monção)



(Autor: Rui Maia 06-04-2021)


Ali, amparada pela mãe, natureza verde e esplendorosa, a Ponte se funde com ela, em metamorfose primorosa. As gentes continuam a fazer dela travessia, ainda que sem a magia, das locomotivas nervosas (1915-1990), que em tempos levavam e traziam, essas gentes calorosas. As do Alto Minho, berço da Nacionalidade, nosso cantinho... 

A água brota por entre arbustos, furiosa como a gravidade que a incita, acima do celeste verde, a Ponte do Gadanha, como que suspensa, gravita! 

Ali, naquele termo de um rio, alimento de muito engenho, se mistura com o "Pai Minho", em fronteira que foi inferno. É pequena, forte e teimosa, a Ponte, que leva gentes, por essa terra briosa. 

O Minho, encorpado, pelo leito do Gadanha, que lhe acrescenta, nele se entranha. Ininterruptamente, cresce mais esse bocado, se dirige a ele, num ziguezaguear danado. 

Juntos, de mãos dadas, desaguam em Caminha, nesse mar de espadas. Oceano de atrevidos, ousaram as Américas, as Índias,  e outros lugares perdidos.  

Os Deuses sussurraram, nos ouvidos dos mortais, imprimindo-lhes esperança, desejando sempre mais.

(Rui Maia 07-04-2021) 

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 Valença - Ponte Internacional sobre o rio Minho (Revista Branco & Negro , janeiro de 1898)